Relato de uma noite.

Acordei faz alguns poucos minutos, agora deitada em minha cama repenso sobre os acontecimentos da noite de ontem. Não pretendo descreve-la, não pretendo comentar da mesma, porém sou obrigada a citá-la. Então eu continuo escrevendo e vou ao que importa, ele, Peu, aquele quem eu devo minhas melhores consequências do pós-pensamento. Eu, realmente, não sei o que ele me fez, muito menos lembro o que ele me disse naquela noite de Abril (e a reciprocidade em relação à isso provavelmente existe), mas acordei com um "WAKE UP" de vida, fazendo com que eu parasse com tudo, até com meus pensamentos e repensasse nas coisas ao meu redor (como se estivesse voltando uma fita de VHS). Percebi que eu não estava me guiando como eu mesma gostaria, deveria. Pensei, repensei, e como sempre refiz tudo com muita delicadeza somado à razão, e à uma grande dose de sentimento.
Então chegou a hora de começar a minha verdadeira vida...

Seguindo...

Nada nem ninguém.
O contudo sem porém.
Meu passo continua
sem ninguém e por ninguém.

Parado em sua frente,
eu vou seguir.

Neurônios pulsando,

sinapses.

Piscar, piscar, piscar...

O que sentir. Ou ver. Enxergando além.

Pupilas entre abertas. Fechadas?

Singular.

Pelo aperto do peito dói meu nascer
Eu nunca soube o que era a verdade
Até ele me dizer.

Por ele eu vim mas não sei mais pedir,
com carinho, sem motivo eu cedi
Fui para trás como se não houvesse o seguir
e por fim percebi que do muito valor eu menti.

Se for, eu vou
Sem saber tal caminho e direção
Mas sigo a ti,
sigo somente a ti, meu coração.

A uma mulher

Não pretendo forjar formosura e riqueza
Apenas quero o teu nome em mim
De confiança e realidade

Não pretendo cantar vozes de preposições falsas
Já ouvi de ti muitos "porém" e "talvez"
Cansei dessas mesmas,
negação.

Não pretendo deixar de lado uma pseudovida confirmada
Por teu passado de sonhos e carícias
Que o vento já levou de ti

Quero contigo nosso presente-futuro
Nosso tentar louco e imprudente sem certeza
Ou com a mesma, em tais atos sobre nós...

Delírios

Subir e descer do seu maxilar,

desnorteada deixa.

Total êxtase me mantém...

Delírio de um anjo.

Um pouco de entendimento.

a vida seria uma mistura?
mistura de mentiras e traduções
traduções das complexas interrogações

"interroga a menina sentada no asfalto?"
perguntou o bom guarda

"com certeza, ela deve ter uma nova versão"
rebateu o colega

versão... versão... ou melhor, versões
demasiadas formas de ver a vida
de entendê-la
de observá-la

e de levar adiante.